Muitas empresas em crise e com falta de crédito, e por conta da economia ainda fraca, estão buscando fazer um planejamento de recuperação Judicial, para evitar que suas portas se fechem.

A recuperação Judicial trata- se de um meio lícito e apto, que socorre as empresas em crise, a lei às ampara para que possam enfrentar as dificuldades e restabelecer a sua saúde financeira, o Estado entende que uma empresa falida prejudica com reflexos infinitamente gravosos a sociedade, pois há fornecedores sem receber, trabalhadores dispensados, e toda a cadeia produtiva se quebra não gerando lucros e desenvolvimento ao País.

O início é sempre muito parecido em todas estas empresas, há um inicial corte de crédito, que faz com que os pagamentos aos fornecedores fiquem em atraso, a entrega de materiais começa a ficar escassa, a produção diminui e há um ciclo vicioso, que se necessita ser quebrado para que de fato não haja a falência da empresa.

Hoje temos um número crescente de empresas em dificuldades. Estas empresas precisam do apoio de advogados que são treinados para negociar valores e prazos de pagamento, e ainda de planejar com a equipe da empresa, de forma holística analisando e colhendo informações de todos os setores da empresa qual é para aquela empresa o melhor cenário. De forma rasa, este é o start de um plano de recuperação judicial que deve se basear na legalidade, transparência e segurança jurídica.

Há um turbilhão de denuncias de sonegação e pagamentos de propinas a agentes fiscais. Esse combate à corrupção leva as empresas a serem mais ponderadas e corretas, ou seja, buscam por um profissional que dentro da legalidade possa de fato resolver ou amenizar os problemas financeiros de sua empresa, fazendo uma reestruturação em especial do passivo desta.

O advogado mediador nestes casos, a que ter muito bom senso para dissolver barreiras, e fazer com que as partes envolvidas sintam- se a vontade e consigam traçar metas para o enfrentamento das dificuldades de forma real e atingível, tanto para quem deve quanto para o credor, que também deve estar imbuído deste espírito de conciliação.

Assim no intento de preservar a empresa, restabelecendo seu equilíbrio financeiro, a recuperação judicial é uma ferramenta muito boa e que pode ser usada com grande habilidade mantendo a empresa aberta e cumprindo com a função social desta frente ao Estado democrático.